jueves, 28 de febrero de 2013

Novo Hospital Militar em Viana já está a ser construído

Novo Hospital Militar em Viana já está a ser construído

20130227100858nhmOs ministros da Defesa de Angola, Cândido Van-Dúnem, e da Sérvia, Aleksander Vucic, procederam ontem, em Luanda, à colocação da primeira pedra para a construção do novo Hospital Militar Principal.
A construção do novo estabelecimento, no Quilómetro 44, em Viana, conta com o apoio da Sérvia.
Em declarações à imprensa, o ministro da Defesa Nacional considerou a construção do novo Hospital Militar Principal uma necessidade das Forças Armadas Angolanas (FAA) no domínio da sua reforma e modernização.
Cândido Van-Dúnem garantiu que o hospital, a ser construído em quatro anos, vai responder às necessidades dos efectivos das FAA e respectivos familiares. O projecto de construção do novo Hospital Militar Principal inclui o apetrechamento do mesmo e a requalificação de quadros que vão fazer uso das infra-estruturas.
O ministro referiu que as instalações do actual Hospital Militar Principal, localizado na zona da Sagrada Família, estão degradadas, em função do tempo de uso. Aquela unidade, que contribuiu para a garantia da saúde dos militares, vai, após a construção do novo estabelecimento, servir de apoio. O novo Hospital Militar Principal, a ser erguido num espaço de 600 hectares, vai contar com serviços interno e ambulatório, medicina experimental, urgências, centro escolar e um heliporto.
O ministro sérvio da Defesa destacou as relações de amizade “de longa data” entre os dois países e defendeu que elas sejam reforçadas.
Aleksander Vucic manifestou o desejo do seu país de estreitar a cooperação no domínio económico e desenvolver um projecto-piloto para a construção de infra-estruturas em Angola. Esse projecto carece apenas de detalhes técnicos a serem negociados no futuro com o Executivo angolano, sublinhou.
Vucic garantiu que o projecto para a construção do novo Hospital Militar Principal “é moderno e apoiado na mais alta tecnologia de aplicação dos sistemas de saúde contemporâneos”.
Os dois ministros deslocaram-se, ainda ontem, à 101ª Brigada de Tanques das FAA e ao Memorial aos Heróis da Batalha do Kifangondo. Na brigada de tanques, técnicos sérvios apoiam o pessoal angolano na manutenção do material usado em todas as regiões militares do país. O comandante do Regimento de Manutenção de Armamento e Técnica Blindada da brigada, coronel Armando Maiala, disse que a cooperação com a Sérvia é salutar. A cooperação com a Sérvia visa também a formação de técnicos das FAA.

jueves, 21 de febrero de 2013

Angola, paraíso do petróleo

ANGOLA

Angola, paraíso do petróleo e dos bairros de lata

O país é o segundo maior produtor de petróleo do continente e deverá começar a exportar gás natural. São os recursos naturais que impulsionam a economia, mas Angola ainda tem muitos contrastes.
A Baía de Luanda é uma das maiores provas do dinheiro gerado pelo petróleo em Angola
A Baía de Luanda é uma das maiores provas do dinheiro gerado pelo petróleo em Angola


Na cidade do Soyo, no norte de Angola, na fronteira do país ocidental africano com a República Democrática do Congo: de dois tubos horizontalmente colocados, sai uma labareda de vários metros de altura. Como na beira desta estrada, existem vários pontos no Soyo onde há queima de gás, um subproduto da exploração petrolífera na região.

Angola, paraíso do petróleo e dos bairros de lata

Queimar o gás associado encontrado com o petróleo contribui para o efeito estufa, mas é uma das maneiras mais baratas de eliminá-lo. Por isso, todas as noites, as chamas iluminam o céu noturno do Soyo. "Aqui no Soyo, à noite, a cidade toda é escura. Até a pessoa que está a atravessar a rua, não tens o direito de lhe ver (sic) porque está escuro. Mas a cidade está cheia de petróleo. Em vez de levar a riqueza, [o petróleo] traz a pobreza", avalia o taxista Luciano Nzombo Madia, de 32 anos, enquanto manobra o pequeno carro ao longo de uma estrada esburacada.

Porém, logo Angola deverá deixar de queimar gás. É que o Soyo é a sede da primeira fábrica angolana de LNG – sigla inglesa de Gás Natural Liquefeito. O complexo de tubos e tanques de resfriamento começou a ser construído em 2008 e foi finalizado em 2012. A unidade tem o tamanho equivalente a cerca de 240 campos de futebol e pode ser considerada um pilar do desenvolvimento de Angola, que em 2002 encerrava uma guerra civil de 27 anos.

A produção do primeiro gás natural liquefeito estava planejada para o primeiro trimestre de 2012. Porém, segundo a DW África apurou no Soyo, a unidade ainda está em fase de testes. Por isso, não pudemos visitar a fábrica, que terá uma capacidade instalada para produzir 5,2 milhões de toneladas de LNG por ano, de acordo com o website da Angola LNG, a sociedade operacional.

Vice-campeão africano na exportação de petróleo, potencial para gás
Labaredas de fogo no Soyo: Angola quer passar a exportar gás natural
Labaredas de fogo no Soyo: Angola quer passar a exportar gás natural
Segundo informações da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), depois da Nigéria, Angola é o segundo produtor de petróleo do continente africano, com uma produção diária de 1,62 milhões de barris. Também segundo a OPEP, Angola possuía 366 mil milhões de metros cúbicos em reservas de gás natural em 2011 – quase 20% mais que o volume conhecido em 2010. Apesar de ter bem menos que a Nigéria (5 biliões), Angola é o quinto colocado em reservas de gás natural no continente africano entre os países listados pela OPEP em seu último relatório (com dados de 2011).

Soyo ainda não produz gás natural, mas já existem compradores interessados, como os Estados Unidos, que querem importar o produto.

No projeto LNG, a exploradora norte-americana Chevron participa com 36,4%, sendo o acionista principal do projeto. A estatal angolana Sonagás é o segundo maior acionista (22,8%), seguida da italiana ENI, da britânica BP e da francesa Total – cada uma detém, respectivamente, 13,6% do projeto.
No Soyo, norte de Angola, fica a primeira fábrica de Gás Natural Liquefeito do país - e a oitava de África
No Soyo, norte de Angola, fica a primeira fábrica de Gás Natural Liquefeito do país - e a oitava de África

Os benefícios do "boom" petrolífero...

O chamado "boom" do petróleo mudou muito no Soyo, relata o taxista Luciano. "Antes do início da guerra civil (1975), a estrada ali na frente já estava ruim", diz, mostrando a rua dos bancos na cidade, com asfalto novo. "Com o projeto Angola LNG, tudo foi renovado e muitas pessoas vieram para cá", afirma Luciano, traduzindo em palavras a mudança trazida pelo dinheiro do petróleo, já que logo após a guerra civil angolana era praticamente impossível circular pelo país – hoje, as estradas são transitáveis. "Antes, não havia muita gente no Soyo. Hoje, há pelo menos cinco bancos diferentes", conta Luciano.
O taxista Luciano no Soyo, que segundo ele mudou muito com o boom do petróleo, mas que ainda não tem iluminação suficiente à noite
O taxista Luciano no Soyo, que segundo ele "mudou muito" com o boom do petróleo, mas que ainda não tem iluminação suficiente à noite
Entre 2010 e 2011, Luciano, que é eletricista de formação, participou da instalação de parte dos gasodutos, inclusive aqueles que vão para o fundo do mar. Segundo o taxista, o gás natural será explorado de uma profundidade de até 1.700 metros. Mas, depois que a instalação dos dutos terminou, Luciano perdeu o emprego. Hoje, dirige um táxi que está pagando em prestações para um colega da Igreja Evangélica.

Segundo críticos do governo angolano, o setor petrolífero – que representa 98% das exportações do país – não emprega quase nenhuma população angolana. "Por exemplo, as estatísticas apontam que o setor petrolífero em Angola só representa 0,5% da força ativa de trabalho", diz Elias Isaac, diretor da organização de defesa dos direitos humanos Open Society.

Isaac considera o elogiado crescimento angolano um contrasenso. "Nós estamos a ter um crescimento económico – é só acumulação de capital financeiro. Não é o desenvolvimento e o melhoramento da vida das populações", opina, apesar de considerar que Angola está conseguindo reabilitar as próprias estruturas num curto espaço de tempo – dez anos – depois do fim da guerra civil, em 2002.

"O cessar da guerra aconteceu num momento oportuno porque Angola pôde relançar várias estruturas, redimensionar os recursos que iam para o sustento da guerra e relançar a economia local com o regresso de mais de 4 milhões de deslocados internos às suas origens", enumera Isaac.
Um outro problema apontado no âmbito do "boom" petrolífero é a remuneração dos angolanos. Joaquim Domingos, de 50 anos, por exemplo, trabalhava na plataforma em alto-mar Kwanda, no Soyo. Recentemente, Domingos perdeu o emprego. Em Luanda, ele espera pelo resultado de um processo judicial por ter sido preso, em finais de outubro, após uma greve que protestava, entre outros, contra a demissão de um colega. "É sempre assim: os cidadãos angolanos exigem seus direitos, mas a polícia sempre protege o empregador", constata.
A empresa para a qual ele trabalhava, a Saipem, teria diminuído o salário de Joaquim depois de mudar a sua função - segundo ele, depois de uma greve anterior da qual ele participou. Em vez de 2.400, ele passou a receber entre 900 e mil dólares mensais.
…vão para quem?
A Avenida 4 de Fevereiro, em Luanda, é testemunho da riqueza vinda com o petróleo
A Avenida 4 de Fevereiro, em Luanda, é testemunho da riqueza vinda com o petróleo
Na capital angolana, Luanda, a riqueza do petróleo é visível com a construção de arranha-céus, guindastes e o incessante barulho de serras cortando metal. A cidade cresce constantemente – no centro, a cada esquina tem-se a impressão que um prédio novo vai brotar do chão, ainda mais alto que o já existente.

Com cerca de cinco milhões de habitantes, Luanda é considerada uma das cidades mais caras do mundo. O aluguel de um apartamento pode custar cinco mil dólares ou mais. Num restaurante, uma refeição simples como um prato de sopa pode chegar a dez dólares.

A sede da petrolífera estatal Sonangol e do Banco Nacional de Angola ficam na Avenida 4 de Fevereiro, uma avenida marginal na Baía de Luanda. A avenida é impecavelmente asfaltada. Nas pistas largas, porém, só circulam poucos automóveis.

Mas, já nas ruas adjacentes, uma imagem recorrente é a do engarrafamento. Em várias ruas, o asfalto é esburacado, os carros avançam lentamente. Travam e avançam, parecendo imitar o funcionamento dos semáforos, que piscam com a luz amarela. Circular por alguns quilômetros já pode significar meia hora de trajeto.
Exportações de petróleo de Angola em 2011
Exportações de petróleo de Angola em 2011
Pobreza extrema em Angola

Publicado em 2012, o mais recente relatório das Nações Unidas (ONU) sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio conclui que 37% da população angolana vivem em situação de pobreza extrema, com menos de um dólar por dia. A taxa representa uma queda significativa de um terço em relação a 2000, quando a pobreza extrema em Angola atingiu 54%.

Segundo observadores, porém, essa diminuição da pobreza poderia ter sido maior, já que, segundo o Banco Mundial, o PIB per capita dos angolanos ficou oito vezes maior entre 2000 e 2011: passou de 660 dólares para 5.150 dólares. A explicação é simples: enquanto muitos pobres não mudaram de vida, os ricos ficaram muito mais ricos.

Para combater a realidade da pobreza, o vice-presidente angolano, Manuel Vicente, anunciou em novembro de 2012 o novo Plano Nacional de Desenvolvimento para o período entre 2013 e 2017. O objetivo principal do plano é "combater a fome e a pobreza" e assegurar a qualidade de vida dos angolanos.
O Orçamento Geral de Estado de 2013 também deverá privilegiar os setores da saúde, da educação, do ensino superior, da habitação e da assistência social – além do setor de energia e águas, para garantir o acesso da população a estes direitos básicos.
Nas ruas adjacentes, porém, trânsito e semáforos não funcionam
Nas ruas adjacentes, porém, trânsito e semáforos não funcionam

Sem asfalto, água ou energia

Muitos habitantes do bairro Cazenga, o mais populoso de Luanda, esperam pelo cumprimento dessas promessas do governo. As estradas são de terra e as chuvas de outubro de 2012 transformaram as vias de transporte da região em verdadeiros buracos de lama. Mulheres, homens e crianças passam por poças d'água cheias de lixo. Existe energia – mas ela dura apenas algumas horas por dia.

"Os engenheiros nos dizem – porque isto aqui está a cargo de uma empresa de luz – que as barragens estão secas. Eles estão a falar isso porque entendem da matéria, então temos que escutar só", explica Euricleurival Vasco, de 27 anos, que trabalha como motorista do governo provincial de Luanda e, como muitos no Cazenga, apoia o partido governista MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola).

Vários partidos, uma voz

Em 2012, a economia angolana cresceu quase 7% - depois de chegar a mais de 20% em anos anteriores. Esse crescimento econômico vem principalmente do setor petrolífero, diz o economista Fernando Heitor. E os principais beneficiários, segundo ele, são os membros da elite política em torno do presidente José Eduardo dos Santos, no poder há 33 anos (desde 1979).

"Temos hoje uma economia praticamente oligárquica. A oligarquia capitalista domina quase tudo. São poucos: meia dúzia de pessoas, um pouco mais, não passa de 20 pessoas e suas famílias que têm na sua posse 80 a 90% do PIB", afirma Fernando Heitor. "O MPLA domina do ponto de vista financeiro, econômico, patrimonial e inclusive sociocultural. Todos esses indivíduos, no Parlamento, no Executivo e nos tribunais, são escolhidos pelo partido".
A oposição política também tem dificuldades de se impor contra o MPLA. A UNITA, maior partido oposicionista do país, recebeu 18,7% dos votos nas eleições gerais de 2012, ficando em segundo lugar. O MPLA recebeu 71,84% dos votos. "A lei diz que o sistema é multipartidário. Mas se formos avaliar a atitude, o funcionamento do Estado, não há dúvidas que nós temos fatos para dizer que o regime ainda se comporta como num sistema único de partido único - portanto monopartidário", critica Isaías Samakuva, líder da UNITA. "Praticamente não tem espaço [para outras vozes]", diz.
No bairro do Cazenga, ruas esburacadas, lixo e poças d'água: governo prometeu melhorar acesso à água potável e à energia
No bairro do Cazenga, ruas esburacadas, lixo e poças d'água: governo prometeu melhorar acesso à água potável e à energia
As críticas a Angola não se restringem ao sistema político. Palavras como nepotismo e corrupção são recorrentemente associadas ao país. Por exemplo: o que aconteceu com 32 mil milhões de dólares lucrados pela empresa petrolífera estatal angolana Sonangol entre 2007 e 2011? Um relatório do Fundo Monetário Internacional constatou, em finais de 2011, que faltava essa soma nos cofres públicos angolanos. A Sonangol afirmou ter investido o dinheiro em projetos de infraestrutura, mas não se sabe quais exatamente.

Promessas quebradas

Também em Viana, a cerca de 18 quilômetros de Luanda, muitos cidadãos esperam ajuda do governo. Várias pessoas foram parar no bairro do Zango 1 porque foram desalojadas. Antigamente, viviam na capital, na chamada Ilha de Luanda, uma língua de terra no litoral norte da cidade. Aparentemente por causa da construção de uma estrada, os habitantes da região tiveram suas casas destruídas em 2009. Desde então, vivem em casas de lata em Viana.
Bairro do Kilamba
Bairro do Kilamba
Basta voltar alguns quilômetros em direção a Luanda para ver a nova cidade do Kilamba. Milhares de apartamentos do projeto estão vazios. Só 220 das cerca de 3 mil habitações disponíveis teriam sido compradas até agora.

A cidade do Kilamba faz parte de uma promessa eleitoral do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, feita em 2008, de construir um milhão de casas para a população do país.

No Kilamba, o preço das casas varia entre 90 mil e 150 mil dólares – custos com os quais a maior parte dos habitantes de Luanda não consegue arcar. Pois a riqueza do petróleo ainda não chegou à maioria dos angolanos.

Autora: Renate Krieger
Edição: Johannes Beck

lunes, 18 de febrero de 2013

Angola, un futuro petrolero

Angola, un futuro petrolero

Por: Oscar Bravo Fong
Publicado el: 10 Febrero 2013
Lugar: Luanda, Angola

Angola, país que mantiene sostenidos niveles de explotación petrolera, prevé aumentar la capacidad de refinación de ese combustible bruto para satisfacer necesidades internas y ofertar derivados en la región y otras partes del mundo.
Cuando la producción de crudo local ronda 1,9 millones de barriles diarios y naciones como China demandan más "oro negro" para su acelerado crecimiento industrial, este territorio edifica dos refinerías, que se sumarán a la existente en Luanda.
Tanto la refinería de Lobito, en Benguela, como la de Soyo, en la norteña provincia de Zaire, permitirán en un futuro no muy lejano que este Estado ponga fin a la importación de productos derivados del petróleo y ahorre fondos en la adquisición de esos productos.
Las nuevas obras en construcción apoyarán la refinería de hidrocarburo de Luanda, la cual, según funcionarios del ramo petrolífero, no satisface las necesidades del país por su reducida capacidad de procesamiento.
Ese centro fabril refinó en 2011 como promedio diario 41 mil 600 barriles del fósil, lo que significó un incremento del 26 por ciento en relación con el año 2010, indican datos del sector de Petróleos.
No obstante ese repunte productivo, la Sociedad Nacional de Combustibles de Angola (Sonangol) importó en 2011 productos refinados diversos en un volumen de tres millones 270 mil toneladas, representativo de un aumento del 15 por ciento en relación con el año precedente.
Como proyecto iniciado en 2008 y que deberá concluirse en 2015, la planta de Lobito permitirá en una primera fase la refinación de 120 mil barriles de petróleo por día, en tanto en una segunda etapa productiva esa cifra ascenderá hasta los 200 mil barriles.
La nueva fábrica, cuyas instalaciones abarcan un área de más de tres mil 800 hectáreas, permitirá el abastecimiento de derivados del petróleo a las 18 provincias de este territorio africano y el suministro a países vecinos.
Por otro lado, la refinería de Soyo tendrá una capacidad de procesamiento estimada en 200 mil barriles por jornada, y también aportará al crecimiento de este Estado desde el punto de vista productivo y laboral.
Con el objetivo de aprovechar el gas natural resultante de la producción de petróleo y evitar su nociva quema, en la ciudad de Soyo también se producirá fabrilmente gas natural licuado, con un aporte anual estimado en 5,3 millones de toneladas.
Esa cifra garantizará la autosuficiencia de este país en gas butano para consumo interno y gas natural para la generación de energía eléctrica y la petroquímica.
Tras reconocer los esfuerzos del Ministerio de Petróleos para lograr que Angola se autoabastezca de derivados del hidrocarburo, en diciembre último el ministro de Transportes, Augusto Tomás, consideró que proyectos como la refinería de Lobito ayudarán al avance de la región.
Mediante esa instalación -apuntó- se fortalecerá el corredor que circunda las provincias de Benguela, Huambo, Bie y Moxico.
Destacó que estarán vinculados a esa industria, los ferrocarriles de Benguela y de Moçamedes, el Puerto Comercial de Lobito, futuras plataformas logísticas portuarias y el centro de carga aérea del Aeropuerto Internacional de Catumbela, entre otros proyectos.
La futura refinería de Lobito será un polo de interés para el sector de electricidad, "ya que con el combustible producido aquí se abastecerán centrales térmicas proyectadas", aseguró en ese marco, el ministro de Energía y Aguas, Joao Baptista Borges.
Según se conoció, la obra contribuirá a la creación de 10 mil puestos de trabajo, lo que mejorará el índice de empleo en Lobito y zonas aledañas.
Empeñado en la formación de cuadros en el ramo petrolífero, el Ejecutivo angoleño, junto a la edificación de nuevas refinerías de combustible plantea, entre otros objetivos, intensificar las actividades de prospección, pesquisa de petróleo bruto y gas natural.
También se propone la licitación de nuevas concesiones en el sector y promover la industria de gas natural y la petroquímica.
En Angola, país donde con frecuencia se descubren nuevos pozos petroleros en aguas profundas, al sector de petróleo y gas se lo considera como catalizador para la diversificación de la economía nacional y reducción de la pobreza social.
Al mismo tiempo, el sector del petróleo en este territorio, el segundo mayor productor en África tras Nigeria, genera el 80 por ciento de los ingresos fiscales y emplea a más de 70 mil trabajadores.
Con reservas estimadas en unos 9,5 billones de barriles de petróleo y 11 trillones de pies cúbicos de gas,
Angola, según la revista británica Economist Intelligence, comenzó 2013 con un escenario brillante en la explotación de hidrocarburo.
De acuerdo con la publicación, este país africano inició sus operaciones con una producción próxima al nivel récord de 2008 (1,9 millones de barriles diarios), gracias a la apertura de nuevos campos petrolíferos y la superación de dificultades técnicas.

jueves, 14 de febrero de 2013