Participaram no concurso público 13 companhias petrolíferas que pretendem explorar em 11 blocos todos eles com potencial
ADÉRITO VELOSO
Na qualidade de concessionária nacional e detentora dos direitos mineiros para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos do país, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) levou a cabo concursos públicos “limitados” para os blocos petrolíferos 19, 20, 22, 24, 25, 35, 36, 37, 38, 39 e 40, todos com potencialidades geológicas para exploração do pré-sal (pacote de rochas sedimentares que ocorre sob a camada de sal). A cerimónia de apresentação dos resultados do concurso foi realizada ontem (segunda-feira, 24), em Luanda, presidida pelo administrador da Sonangol para área do “Upstream”, Gaspar Martins, na presença de membros dos Ministérios das Finanças e dos Petróleos, assim como representantes das empresas concorrentes.
Ao todo, participaram no concurso 13 empresas, nomeadamente British Petroleum Angola, Chevron, China Sonangol, Cobalt International Energy, Conoco Philips, ENI Angola, Esso Angola, Galp Energia, Maersk Oil, Petrobras, Repsol, Statoil ASA e a Total E &P Angola.
Falando à imprensa, o administrador da Sonangol mostrou-se satisfeito com o número de empresas participantes, tendo sublinhado que para esta fase foram seleccionadas companhias que apresentaram melhores condições, bem como capacidades tecnológicas e financeiras para a exploração no pré-sal.
“Todas elas possuem a experiência que nós achamos necessária para a exploração deste novo horizonte geológico, cuja complexidade é reconhecida. Podemos dizer que os blocos têm potencial considerável, tendo em conta o grau de participação e o interesse, os trabalhos preliminares que foram feitos e conduziram grande parte das empresas com reconhecida experiência e que quiseram participar na exploração destes blocos em Angola”, destacou o gestor, antes de frisar que os objectivos foram alcançados.
Os concursos para o pré-sal angolano tiveram início em Maio de 2010, em Houston (Estados Unidos da América), onde foram realizadas reuniões de auscultação às empresas petrolíferas internacionais abalizadas. Depois destes encontros, a Sonangol iniciou a divulgação das potencialidades geológicas do país às empresas interessadas e os termos de referência para o concurso de cada bloco. Na maior parte dos blocos, os termos de contrato definiram que a Sonangol Pesquisa & Produção participa em todos os blocos que foram objecto do concurso público limitado.
“A Sonangol tem no mínimo 30 por cento de participação, e foi possível, no decorrer dos trabalhos de negociação, pôr esta percentagem entre os 30 a 50 por cento. A empresa nacional terá uma participação considerável”, sublinhou o administrador da Sonangol.
Escolha
Por seu turno, o director de negociações da Sonangol e presidente do júri, nomeado pelo Ministério dos Petróleos, Carlos Saturnino, disse aos jornalistas que está a abrir-se uma nova página no processo de exploração de petróleo em Angola.
“Estamos a fazer uma viragem da página, vamos fazer exploração no pré-sal. É uma exploração muito diferente e complexa, em que estarão envolvidos grandes recursos, tanto financeiros, como humanos e tecnológicos, de uma dimensão que nunca tivemos em Angola”, salientou.
Características
Apesar das empresas concorrentes terem já adquirido a sua quota, só a partir do mês de Março de 2011 que começam as negociações com o Ministério angolano dos Petróleos para se estipular os investimentos que cada companhia irá disponibilizar. No entanto, Carlos Saturnino referiu que a média de investimento para um poço no pré-sal no mínimo ronda os 120 milhões de dólares norte-americanos.
O pré-sal forma-se em condições paleogeográficas especiais no atlântico sul (aptiano), ocorre na margem angolana entre os dois e cinco mil metros abaixo do nível do mar, sob lâminas de água entre mil e dois mil metros com elevado potencial para armazenamento de hidrocarbonetos. Apesar de ser pouco conhecido, a exploração do pré-sal é feita por meio de poços e exige desenvolver técnicas apropriadas para superar dificuldades impostas pela espessa camada de sal.
ADÉRITO VELOSO
Na qualidade de concessionária nacional e detentora dos direitos mineiros para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos do país, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) levou a cabo concursos públicos “limitados” para os blocos petrolíferos 19, 20, 22, 24, 25, 35, 36, 37, 38, 39 e 40, todos com potencialidades geológicas para exploração do pré-sal (pacote de rochas sedimentares que ocorre sob a camada de sal). A cerimónia de apresentação dos resultados do concurso foi realizada ontem (segunda-feira, 24), em Luanda, presidida pelo administrador da Sonangol para área do “Upstream”, Gaspar Martins, na presença de membros dos Ministérios das Finanças e dos Petróleos, assim como representantes das empresas concorrentes.
Ao todo, participaram no concurso 13 empresas, nomeadamente British Petroleum Angola, Chevron, China Sonangol, Cobalt International Energy, Conoco Philips, ENI Angola, Esso Angola, Galp Energia, Maersk Oil, Petrobras, Repsol, Statoil ASA e a Total E &P Angola.
Falando à imprensa, o administrador da Sonangol mostrou-se satisfeito com o número de empresas participantes, tendo sublinhado que para esta fase foram seleccionadas companhias que apresentaram melhores condições, bem como capacidades tecnológicas e financeiras para a exploração no pré-sal.
“Todas elas possuem a experiência que nós achamos necessária para a exploração deste novo horizonte geológico, cuja complexidade é reconhecida. Podemos dizer que os blocos têm potencial considerável, tendo em conta o grau de participação e o interesse, os trabalhos preliminares que foram feitos e conduziram grande parte das empresas com reconhecida experiência e que quiseram participar na exploração destes blocos em Angola”, destacou o gestor, antes de frisar que os objectivos foram alcançados.
Os concursos para o pré-sal angolano tiveram início em Maio de 2010, em Houston (Estados Unidos da América), onde foram realizadas reuniões de auscultação às empresas petrolíferas internacionais abalizadas. Depois destes encontros, a Sonangol iniciou a divulgação das potencialidades geológicas do país às empresas interessadas e os termos de referência para o concurso de cada bloco. Na maior parte dos blocos, os termos de contrato definiram que a Sonangol Pesquisa & Produção participa em todos os blocos que foram objecto do concurso público limitado.
“A Sonangol tem no mínimo 30 por cento de participação, e foi possível, no decorrer dos trabalhos de negociação, pôr esta percentagem entre os 30 a 50 por cento. A empresa nacional terá uma participação considerável”, sublinhou o administrador da Sonangol.
Escolha
Por seu turno, o director de negociações da Sonangol e presidente do júri, nomeado pelo Ministério dos Petróleos, Carlos Saturnino, disse aos jornalistas que está a abrir-se uma nova página no processo de exploração de petróleo em Angola.
“Estamos a fazer uma viragem da página, vamos fazer exploração no pré-sal. É uma exploração muito diferente e complexa, em que estarão envolvidos grandes recursos, tanto financeiros, como humanos e tecnológicos, de uma dimensão que nunca tivemos em Angola”, salientou.
Características
Apesar das empresas concorrentes terem já adquirido a sua quota, só a partir do mês de Março de 2011 que começam as negociações com o Ministério angolano dos Petróleos para se estipular os investimentos que cada companhia irá disponibilizar. No entanto, Carlos Saturnino referiu que a média de investimento para um poço no pré-sal no mínimo ronda os 120 milhões de dólares norte-americanos.
O pré-sal forma-se em condições paleogeográficas especiais no atlântico sul (aptiano), ocorre na margem angolana entre os dois e cinco mil metros abaixo do nível do mar, sob lâminas de água entre mil e dois mil metros com elevado potencial para armazenamento de hidrocarbonetos. Apesar de ser pouco conhecido, a exploração do pré-sal é feita por meio de poços e exige desenvolver técnicas apropriadas para superar dificuldades impostas pela espessa camada de sal.
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