Um total de 207 associações de camponeses e 84 cooperativas agrícolas estão contraladas pela Direcção provincial da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas
ADÉRITO VELOSO
Localizada no Norte do país, a província do Bengo conta com uma população estimada em 500 mil habitantes e uma extensão territorial de 33 mil 016 quilómetros quadrados. É composta por oito municípios: Ambriz, Dande, Icolo-e-Bengo, Nambuangongo, Quiçama, Dembos, Pango-Aluquém e Bula-Atumba. Possui um clima tropical seco, com duas estações, cuja primeira vai de Janeiro a Maio e outra de Setembro a Dezembro. Estas características reservam à província muitas potencialidades nos sectores da agricultura e pesca.
A direcção provincial da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas controla 207 associações de camponeses e 84 cooperativas.
As estimativas daquele órgão governamental apontam para a campanha agrícola 2010/2011 colher 200 toneladas de feijão, amendoim, milho, banana e hortícolas variadas. Para o efeito, foram desbravados cerca de mil e 500 hectares de terras aráveis, dos sete mil e 500 previstos a nível da província, pela Empresa de Mecanização Agrícola (Mecanagro).
As autoridades consideram positivo as actividades desenvolvidas durante o ano transacto, onde foram cultivadas 113 mil 083 hectares, tendo produzido 778 mil 878 toneladas de produtos diversos. No mesmo período, cerca de 48 mil 474 famílias camponesas beneficiaram de sementes, instrumentos agrícolas bem como fertilizantes.
O sector está a criar pequenos perímetros irrigados, sobretudo para a plantação de culturas de cereais, tubérculos e hortícolas, os municípios de Ambriz, Icolo e Bengo e Dande, para aumentar a produção agrícola, contribuindo desta forma para o combate à fome e à pobreza.
A província tem potencialidades para produzir banana (pão e de mesa), ananás, goiaba, mamão, manga, laranja, mandioca, rícino, feijão, cana-de-açúcar, sisal, algodão, café, massambala, cajú, citrinos, melão, melancia, tomate, beringela, pepino, ervilha e palmeira de dendém.
Perímetro
Com o surgimento do perímetro irrigado de Caxito, a produção agrícola está a ser diversificada, com aposta na mecanização. Fruto desta aposta, em 2010, no perímetro irrigado, foram distribuídos 336 parcelas a pequenos, médios e grandes produtores, o que tem aumentado a produção. No mesmo período, foram trabalhados 1.002 hectares, contra apenas 131 hectares, de 2009. Dos quatro mil 600 hectares de terra do perímetro, 2.500 estavam lavrados. Estes resultados traduzem os esforços tendentes a reactivar e diversificar a economia, bem como desenvolver acções no meio rural.
Os agricultores que estão a desenvolver os seus projectos no perímetro irrigado sublinham que a produção de horticulturas e hortaliças tem sido melhorada, a julgar pelos inúmeros investimentos, assim como pelo favorável clima que a região apresenta.
De recordar que, há quatro anos, o sector agrário na província do Bengo registou 61 mil 039 hectares de terra cultivados, dos quais 13 mil 104 hectares pelo sector empresarial e 47 mil 935 hectares pelos camponeses organizados em associações agrícolas. Deste número, 12 mil 630 famílias camponesas e 412 pequenas e médias empresas agrícolas. No sector pecuário, a província é potencialmente rica em caprinos, ovinos, avicultura e suínos. A província conta com um número elevado de criadores e empresários que detêm várias cabeças de gado, com destaque ao bovino e suíno.
Pescas
Sendo um dos sectores mais dinâmicos da economia, a pesca tem um grande potencial na província, passando pela marítima, fluvial e lacunar. Além dos caudalosos rios, o Bengo dispõe de lagoas que podem ser exploradas, contribuindo desta forma para a melhoria da dieta alimentar das populações. Nas lagoas da região, podem ser encontradas várias espécies, com destaque para o cacusso (tilápia).
A província do Bengo dispõe de uma orla marítima com cerca de 200 quilómetros, em que, à semelhança do que ocorre em toda a costa do país, existe um conjunto de espécies que contribuem para a pesca artesanal e industrial. Na exploração pesqueira, destacam-se os peixes de fundo, pelágicos (de pequenas dimensões), sobretudo o carapau, sardinela e sardinha do reino, crustáceos e moluscos. Existem ainda crustáceos, como o camarão e caranguejo.
Apesar de ser uma das riquezas pouco exploradas a nível da província, a pesca fluvial é abundante na região, uma vez que o Bengo possui imensa bacia hidrográfica rica em peixe, tal são os casos dos rios Dande, Kwanza, Longa e Bengo.
A província registou em 2010 uma captura de pescado de sete milhões 391 mil 74 toneladas. Durante o ano de 2007, houve um aumento considerável na captura do pescado, uma vez que a cifra atingiu os 20 milhões 655 mil 71, contra os sete milhões 391 mil 74 registadas em 2008.
Floresta
Quanto ao sector florestal, a província está a desenvolver um programa de repovoamento, com a plantação de diferentes espécies de árvores, com destaque para as acácias americanas e rubras, casuarinas, mangueiras, cajueiros e eucaliptos. O Bengo conta com dois perímetros florestais com uma extensão de 42 hectares e mais de três mil plantas.
O nordeste do Bengo, mais concretamente nos municípios de Nambuangongo, Bula-Atumba, Pango-Aluquém e Quibaxe, é coberto por vastas áreas de floresta densa, o que permite a instalação de indústrias relacionadas com a exploração dos recursos florestais.
O valor médio comercial das espécies de madeira ronda no mercado os 100 dólares norte-americanos por cada metro cúbico.
ADÉRITO VELOSO
Localizada no Norte do país, a província do Bengo conta com uma população estimada em 500 mil habitantes e uma extensão territorial de 33 mil 016 quilómetros quadrados. É composta por oito municípios: Ambriz, Dande, Icolo-e-Bengo, Nambuangongo, Quiçama, Dembos, Pango-Aluquém e Bula-Atumba. Possui um clima tropical seco, com duas estações, cuja primeira vai de Janeiro a Maio e outra de Setembro a Dezembro. Estas características reservam à província muitas potencialidades nos sectores da agricultura e pesca.
A direcção provincial da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas controla 207 associações de camponeses e 84 cooperativas.
As estimativas daquele órgão governamental apontam para a campanha agrícola 2010/2011 colher 200 toneladas de feijão, amendoim, milho, banana e hortícolas variadas. Para o efeito, foram desbravados cerca de mil e 500 hectares de terras aráveis, dos sete mil e 500 previstos a nível da província, pela Empresa de Mecanização Agrícola (Mecanagro).
As autoridades consideram positivo as actividades desenvolvidas durante o ano transacto, onde foram cultivadas 113 mil 083 hectares, tendo produzido 778 mil 878 toneladas de produtos diversos. No mesmo período, cerca de 48 mil 474 famílias camponesas beneficiaram de sementes, instrumentos agrícolas bem como fertilizantes.
O sector está a criar pequenos perímetros irrigados, sobretudo para a plantação de culturas de cereais, tubérculos e hortícolas, os municípios de Ambriz, Icolo e Bengo e Dande, para aumentar a produção agrícola, contribuindo desta forma para o combate à fome e à pobreza.
A província tem potencialidades para produzir banana (pão e de mesa), ananás, goiaba, mamão, manga, laranja, mandioca, rícino, feijão, cana-de-açúcar, sisal, algodão, café, massambala, cajú, citrinos, melão, melancia, tomate, beringela, pepino, ervilha e palmeira de dendém.
Perímetro
Com o surgimento do perímetro irrigado de Caxito, a produção agrícola está a ser diversificada, com aposta na mecanização. Fruto desta aposta, em 2010, no perímetro irrigado, foram distribuídos 336 parcelas a pequenos, médios e grandes produtores, o que tem aumentado a produção. No mesmo período, foram trabalhados 1.002 hectares, contra apenas 131 hectares, de 2009. Dos quatro mil 600 hectares de terra do perímetro, 2.500 estavam lavrados. Estes resultados traduzem os esforços tendentes a reactivar e diversificar a economia, bem como desenvolver acções no meio rural.
Os agricultores que estão a desenvolver os seus projectos no perímetro irrigado sublinham que a produção de horticulturas e hortaliças tem sido melhorada, a julgar pelos inúmeros investimentos, assim como pelo favorável clima que a região apresenta.
De recordar que, há quatro anos, o sector agrário na província do Bengo registou 61 mil 039 hectares de terra cultivados, dos quais 13 mil 104 hectares pelo sector empresarial e 47 mil 935 hectares pelos camponeses organizados em associações agrícolas. Deste número, 12 mil 630 famílias camponesas e 412 pequenas e médias empresas agrícolas. No sector pecuário, a província é potencialmente rica em caprinos, ovinos, avicultura e suínos. A província conta com um número elevado de criadores e empresários que detêm várias cabeças de gado, com destaque ao bovino e suíno.
Pescas
Sendo um dos sectores mais dinâmicos da economia, a pesca tem um grande potencial na província, passando pela marítima, fluvial e lacunar. Além dos caudalosos rios, o Bengo dispõe de lagoas que podem ser exploradas, contribuindo desta forma para a melhoria da dieta alimentar das populações. Nas lagoas da região, podem ser encontradas várias espécies, com destaque para o cacusso (tilápia).
A província do Bengo dispõe de uma orla marítima com cerca de 200 quilómetros, em que, à semelhança do que ocorre em toda a costa do país, existe um conjunto de espécies que contribuem para a pesca artesanal e industrial. Na exploração pesqueira, destacam-se os peixes de fundo, pelágicos (de pequenas dimensões), sobretudo o carapau, sardinela e sardinha do reino, crustáceos e moluscos. Existem ainda crustáceos, como o camarão e caranguejo.
Apesar de ser uma das riquezas pouco exploradas a nível da província, a pesca fluvial é abundante na região, uma vez que o Bengo possui imensa bacia hidrográfica rica em peixe, tal são os casos dos rios Dande, Kwanza, Longa e Bengo.
A província registou em 2010 uma captura de pescado de sete milhões 391 mil 74 toneladas. Durante o ano de 2007, houve um aumento considerável na captura do pescado, uma vez que a cifra atingiu os 20 milhões 655 mil 71, contra os sete milhões 391 mil 74 registadas em 2008.
Floresta
Quanto ao sector florestal, a província está a desenvolver um programa de repovoamento, com a plantação de diferentes espécies de árvores, com destaque para as acácias americanas e rubras, casuarinas, mangueiras, cajueiros e eucaliptos. O Bengo conta com dois perímetros florestais com uma extensão de 42 hectares e mais de três mil plantas.
O nordeste do Bengo, mais concretamente nos municípios de Nambuangongo, Bula-Atumba, Pango-Aluquém e Quibaxe, é coberto por vastas áreas de floresta densa, o que permite a instalação de indústrias relacionadas com a exploração dos recursos florestais.
O valor médio comercial das espécies de madeira ronda no mercado os 100 dólares norte-americanos por cada metro cúbico.